segunda-feira, 31 de maio de 2010

Brincadeira de Criança


Brincadeira de Criança

É muito importante o incentivo dos pais às crianças a realizarem trabalhinhos criativos! Não espere uma super-produção ou que os trabalhos sejam perfeitos e com bom acabamento!

Ao praticarem atividades criativas, cada vez mais exercitando a coordenação motora, você verá que elas irão aprimorando suas técnicas e resultado final do que criarem.

A repetição de atividades é também muito importante para as crianças. O que para um adulto pode parecer repetitivo, para as crianças é sempre uma aventura.

Experimente, depois de duas semanas que apresentou determinada atividade, colocar à disposição das crianças o mesmo tipo de material que já aplicou anteriormente e verá quanto progresso elas demonstrarão realizar.

Você, naturalmente, precisa estar de olho nelas, pois, principalmente, as crianças menores gostam de por coisas na boca. Especialmente quando trabalharem com balões, algodão, jornais e peças pequeninas.

Veja abaixo algumas sugestões de brincadeiras que você pode realizar em casa com materiais simples:

* Música com materiais de casa
Caixa de ovos, latas de bebida, colheres, pauzinhos ou hastes de madeira, podem transformar-se em ótimos instrumentos musicais. Use a criatividade!

* Conhecendo as formas
Recorte em papel sulfite, papel E.V.A., caixas de papelão ou caixas de sapato diferentes formas: círculo, triângulo, retângulo, quadrado, trevo, etc. Junte as peças e monte uma casinha, um trem, uma pipa ou uma flor!

* Rolos de papel higiênico
Dê a elas alguns rolos de papel higiênico ou rolos de papel de cozinha e elas poderão brincar com eles, fazendo-os rolar, apertando-os, o mais forte consegue até rasgá-los, podem também pisar em cima! Se as crianças são um pouco maiorzinhas já podem pintar os rolos com tinta de dedo ou canetinhas, ou ainda colar papeizinhos coloridos.

* Saquinhos recheados
Uma coisa que pode ser feita rapidamente é saquinhos de pano recheados ou mesmo luvas laváveis recheadas. Encha-as com algodão, arroz, macarrão, feijão, ervilha seca, castanhas ou coloque sininhos em cada dedo da luva! As crianças menores gostam de sentir o tato e escutar o som que os objetos produzem.

* Painéis de textura
Numa cartolina cole uma lixa de papel, folha de alumínio, tecido, algodão, botões, cortiça, formando dois painéis. Deixem as crianças sentir as diferentes texturas. Você pode escondê-las sobre um pano e as crianças maiorzinhas poderão pelo tato adivinhar de qual painel se trata.

* Rasgar e cortar
Revistas que não se usam mais ou jornais podem ser um ótimo material para que as crianças brinquem de rasgar. Quando são maiores podem exercitar-se em cortar as figuras. Lembre-se com tesoura sem ponta!

* Rasgar e colar
Deixe as crianças rasgarem diferentes tipos de papéis: jornais, papéis transparentes, coloridos, dourados e depois colarem sobre uma cartolina ou papel.

* Tecido e lã
Colar restos de tecidos de diferentes formas e tamanhos. Para se colar lã é necessário uma destreza maior, pois a criança precisará firmá-la com a ajuda outros dedos para que se fixe no papel.

Vamos ao dentista


A primeira visita ao dentista

É com seis meses de vida que começam a aparecer os primeiros dentinhos do bebê. E é também nesse momento que deve acontecer a primeira visita ao odontopediatra. Normalmente, os dois dentes inferiores da frente são os primeiros a nascer, seguidos pelos dois de cima. Até os dois ou três aninhos de vida da criança vão surgindo os outros dentes de leite.

Os odontologistas recomendam que crianças e adolescentes visitem o dentista a cada seis meses. Esse é o tempo ideal para detectar qualquer início de cárie e conseguir combate-la sem que o dente tenha que ser restaurado.

Se a primeira consulta do bebê acontecer logo que aparecer o primeiro dentinho, os pais podem ser orientados a acompanhar a erupção dos outros dentes e assim, possivelmente, a criança nunca terá uma cárie.

Outra vantagem de começar os cuidados cedinho é que a criança vai acostumando com o ambiente, com os profissionais e com os procedimentos. Se na primeira consulta a criança já apresenta uma cárie, ela terá que ser submetida à anestesia para fazer a obturação. Muitas vezes, a visita é tão tardia que a criança precisa tratar o canal ou até mesmo extrair o dente.

Então, é bom lembrar! Para que a criança não sofra nem fique traumatizada, o melhor é prevenir!

Conte histórias para o seu filho


Conte histórias para o seu filho

As crianças amam ouvir histórias, sejam elas lendas ou reais, lidas ou contadas. Algumas ilustradas, outras encenadas ou apenas descritivas, o importante é que esse momento seja prazeroso, tanto para quem conta como para quem ouve.

Não é necessário fazer nenhum curso, basta disposição e “soltar” a imaginação e a espontaneidade, apesar de hoje existirem muitos cursos para pais que querem se aperfeiçoar nessa atividade.

A leitura deverá ser feita de maneira expressiva e descontraída, deve-se estar preparado e utilizar o livro como acessório, usando a entonação da voz e gestos para prender a atenção da criança.

Ler para uma criança desenvolve nela o prazer pela leitura e interesse por livros. Ao contar uma história é possível acentuar emoções, modificar o enredo de acordo com as reações da criança e assim melhorar a comunicação com ela.

Contar histórias para o filho deve ser um momento muito especial, para ser transformado num encontro habitual e esperado, mesmo que sejam pequenas histórias, ou sem ter o livro nas mãos. Essa atitude será sempre recordada pela criança, para a vida toda.

Ouvindo histórias a criança aprende coisas novas e interessantes, sua imaginação e curiosidade são aguçadas. Serve como entretenimento e estimula a concentração e atenção, ótimo recurso para ser utilizada também com as crianças hiperativas.

As histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes e podem também colaborar para a construção da ética e da cidadania. Esse é o momento para os pais tratarem de assuntos importantes, usando a linguagem da criança.

Histórias são bons momentos para os pais:
- Aproximarem-se dos filhos
- Descontrairem e entreterem os filhos
- Abordarem alguns temas importantes
- Estimularem a imaginação
- Ensinarem lições sobre a vida e incentivar bons comportamentos
- Promoverem reflexões sobre temas pertinentes para o cotidiano da criança
- Propiciarem um diálogo com mais espontaneidade e naturalidade

Bebê amarelado: é icterícia

Bebê amarelado: é icterícia

Conhecida também como amarelão, a icterícia neonatal é uma alteração fisiológica, isto é, normal, na coloração da pele e branco dos olhos dos recém-nascidos, deixando o bebê amarelado.

A cor amarelada do bebê acontece pelo excesso de bilirrubina no sangue, pigmento de cor amarelada, produzido normalmente pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. O excesso acontece pela dificuldade do fígado em capturar toda a quantidade de bilirrubina produzida, acumulando no sangue.

Esse tipo de icterícia não é considerado doença, atinge em torno de 50% dos bebês nascidos no tempo certo, sendo ainda mais freqüente nos prematuros. A cor amarelada aparece no segundo ou terceiro dia de vida primeiramente no rosto, depois vai aumentando para tórax, abdome e finalmente as pernas. As fezes e urina permanecem com coloração normal.

Na maioria das vezes regride espontaneamente em torno do décimo dia de vida do bebê, sendo importante o banho de sol pela manhã ou a tardezinha, pois a luz ajuda na eliminação da bilirrubina.

Banho de luz - Se a icterícia atingir um nível muito alto, será preciso que o bebê faça fototerapia ou banho de luz. A criança fica em um berço com uma fonte de luz que converte a bilirrubina impregnada na pele e nas mucosas em outra substância deixando a pele do bebê com coloração normal.

Esse tratamento é muito comum em prematuros e em bebês que a icterícia não desaparece espontaneamente. O aumento da bilirrubina acima de certos limites pode acumular-se no cérebro trazendo danos irreversíveis ao sistema nervoso, prejudicando o desenvolvimento do bebê. Portanto, cuidado redobrado, mamãe.

Existem outros tipos de icterícia que são mais graves e requerem mais atenção. Há a icterícia por incompatibilidade de grupo sanguíneo, que é a forma mais grave e aparece logo no primeiro dia de vida.

Acontece quando a mãe tem anticorpos que destroem as hemácias (componente dos glóbulos vermelhos do sangue) produzindo bilirrubina, ocasionando a icterícia. O tratamento depende do nível de bilirrubina e peso do bebê, podendo ser o banho de luz ou a exsangüinotransfusão (retirada de todo o sangue do bebê e a sua substituição por outro sangue, sem bilirrubina).

A icterícia pode estar relacionada também ao aleitamento materno, as causas são desconhecidas, podendo ser por que componentes do leite materno reduzem a excreção da bilirrubina. O tratamento pode ser a interrupção do aleitamento por 1 ou 2 dias ou o banho de luz.

São raras as vezes em que o acúmulo de bilirrubina seja grande que cause acúmulo no cérebro ocasionando prejuízos. A grande chance de isso ocorrer será se a mamãe não procurar um médico quando o amarelão do bebê for muito intenso ou em prematuros muito graves.

A icterícia não é uma alteração para maiores preocupações. O ideal é ficar de olho e a qualquer dúvida procurar o pediatra do bebê.

Dicas

Se as fezes e urina do bebê estiverem com coloração diferente procure imediatamente um médico.

O banho de sol até as dez da manhã e depois das quatro da tarde é muito importante.

Lembre-se sempre que o aleitamento materno é sempre o melhor para o bebê. Só o interrompa com recomendação médica.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Família no Carro



Checklist: o que levar no carro para distrair as crianças

Antes de embarcar, verifique se o kit brincadeira está completo. O mais importante é que não ocupem mais espaço do que o necessário e possam ser transportados de maneira confortável e organizadamente. Veja a seguir algumas sugestões:

• CDs, pen drive, iPod ou smartphones com músicas: prefira o repertório infantil, priorizando canções mais tranquilas, que acalmam tanto bebês quanto crianças maiores.
• Discos com acompanhamento para karaokê: ao cantar, os pequenos se divertem enquanto você dirige, com a vantagem de que a brincadeira pode durar horas.
• Audiobooks com historinhas infantis: a molecada precisa se aquietar para prestar atenção no enredo, o que faz toda a diferença para quem está no volante.
• Se tiver aparelho de DVD e telas voltadas para os ocupantes de trás no carro ou um modelo portátil, coloque filmes, desenhos e animações preferidos das crianças e até fotografias e vídeos da família: são infalíveis, as crianças ficam quietas e concentradas no que assistem.
• Brinquedo de borracha (animal, telefone, carro, avião, super-herói, monstro ou o que a criança gostar mais): os bebês adoram, principalmente quando começam a nascer os dentinhos.
• Fantoches de mão ou de dedo: além de não machucar, despertam a imaginação das crianças e exigem atenção integral dos pequenos ao teatrinho.
• Boneco ou boneca de pano ou borracha: normalmente, é o brinquedo preferido dos maiores. Só tome cuidado para não dar briga.
• Bicho de pelúcia: algumas crianças se sentem mais seguras com sua criaturinha felpuda no colo.
• Videogame portátil: para os que gostam, é a distração perfeita. Eles costumam ficar incrivelmente quietos.
• Caderno de pintar, papel para desenhar e giz de cera (só para os mais velhos): se o seu carro tiver uma mesinha do tipo avião, pode ser o divertimento perfeito, afinal que criança não gosta de rabiscar?
• Livros de tecido, borracha ou cartonado duro (os de papel não costumam durar muito e os mais novos podem por na boca): eles se distraem revirando as páginas e apreciando as gravuras.
• Surpresas como óculos colorido de plástico, bússola de mentira, chapéu de papelão, radiocomunicador de brinquedo e assim por diante: ao pegar a criança desprevenida você ganha sua atenção e ainda desperta nela o desejo de farrear.

Vamos escovar os dentes?


Vamos escovar os dentes?

Cuidar da higiene bucal parece uma obrigação sem sentido para as crianças. Mas esse problema tem solução. Com paciência, bom humor e algumas brincadeiras, seu filho logo vai ver a escova dental com outros olhos.

Aí está uma tática infalível para convencer o seu filho a cuidar da higiene bucal. Se ele ainda não aceitou que precisa escovar os dentes após as refeições, simplesmente aposte no bom exemplo. O modelo dos pais funciona muito bem, conta a odontopediatra Fernanda Maria Koetz, de São Paulo. Por isso, ela recomenda: Sempre que possível, faça a escovação na frente da criança.

Então, vamos começar. Escova na mão e pasta na outra, convide seu filho a acompanhar você nesse cuidado com a higiene. Ensine o passo-a-passo da escovação com muita paciência e supervisione cada etapa.

Os acessórios
A escova da criança deve ser apropriada à idade, com cerdas macias, cabeça pequena e arredondada. Não use um creme dental comum. A essa altura, a criança já aprendeu a cuspir. Mesmo assim, prefira uma marca com pouco flúor e use em pequena quantidade. Nessa fase, o fio dental já pode começar a ser introduzido, diz Fernanda Koetz.

Brincando de escovar os dentes
No começo, ensine a criança a escovar os dentes de trás, onde mordemos. Fale que a escova faz como o trenzinho, ou seja, um movimento de vai-e-vem.

Em seguida é a vez de fazer a bolinha, ou seja, movimentos circulares na parte externa dos dentes, que fica voltada para os lábios. Depois, vem a vassourinha a escova varre a sujeira, partindo da base do dente perto da gengiva e indo para cima, em direção à bochecha (é a face do dente que fica ao lado da língua nos dentes de baixo e voltada para o céu da boca nos dentes de cima).

Por último, a criança deve escovar a parte superior da língua.

Quantas escovações
O número de escovações deve ser entre três e cinco vezes por dia. Nessa fase, a criança se alimenta mais vezes é um biscoitinho aqui, um suquinho ali e sem a higiene bucal adequada, aumentam as chances de cáries, lembra a odontopediatra Tânia Lima Barbosa.

Quanto mais pegajosos os alimentos, pior. Balas, chocolates e chicletes estão no grupo de guloseimas que grudam nos dentes e exigem uma boa escovação.

Dezessete perguntas e respostas sobre o comportamento infantil


Dezessete perguntas e respostas sobre o comportamento infantil

O que fazer quando seu filho morde o amiguinho, dá tapas em você ou se atira no chão e começa a gritar? Listamos algumas situações em que os pais se perguntam como proceder ou como resolver tudo da melhor maneira possível. A ideia, claro, é sempre optar pelo caminho da boa educação. Para isso, conversamos com alguns especialistas, que sugerem maneiras de como lidar com o pequeno – seja um bebê, seja uma criança pequenina – diante desses comportamentos

Decifrar o comportamento infantil não é tarefa fácil para os pais. A busca por respostas costuma esbarrar na maneira como eles criam os filhos, na quantidade de “nãos” que conseguem dizer a eles, nos limites que são capazes de impor.

Muitas vezes, os adultos intuem como devem agir, mas o medo de frustrar as crianças acaba resultando em resignação. “Elas são assim mesmo”, dizem. Realmente, crianças têm atitudes-padrão em cada fase da vida, mas isso não significa que os adultos tenham de acatar ordens e aceitar todos os ataques como naturais no processo de desenvolvimento. Para ajudar os pais a agir nesses momentos difíceis, procuramos especialistas em educação e comportamento infantil, que sugerem alguns caminhos.

Até os 2 anos de idade

1. Meu filho tem a mania de morder as pessoas. Como mostrar a ele que isso é errado?
“É até esperado pelos profissionais que lidam com crianças que elas façam isso até os 3 ou 4 anos de idade, mas os adultos não podem permitir que mordam, porque machuca, é errado”, explica Silvia Amaral, pedagoga, psicopedagoga, coordenadora da Elipse Clínica Multidisciplinar e conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

No momento em que seu filho morder um coleguinha ou qualquer outra pessoa, Silvia aconselha a boa e velha conversa olhos nos olhos. “Fique na mesma altura que a criança e fale firmemente que isso não pode nem deve mais acontecer porque machuca e dói. Os pais têm de deixar claro que não aprovam o comportamento porque, mesmo elas não tendo noções claras de certo e errado, não podem fazer tudo que querem”, diz ela.

Isso não significa que o comportamento não vá se repetir, mas todas as vezes em que isso ocorrer é necessário deixar clara sua posição. “Agora, se acontecer com frequência, toda semana, por exemplo, significa que a agressão está se tornando um hábito e é preciso buscar a ajuda de um profissional.”

2. O que faço para meu filho parar de chorar?
Para Vera Iaconelli, psicóloga e coordenadora do Instituto Gerar – Escola de Pais, antes dos 2 anos de idade, o choro nunca é de manha. “Nessa fase, a criança não tem recursos para isso, portanto o choro constante indica algum tipo de desconforto, físico ou emocional, que precisa ser investigado pelo médico. Como não sabe falar, o bebê usa o choro para demonstrar seu sofrimento.” A partir dos 2 anos, porém, a criança já percebe como pode manipular os pais e usa o choro para tentar conseguir o que deseja. “Eu acredito que uma das formas de ajudá-la a aprender a lidar com as frustrações seja não atendendo a seus desejos quando eles vêm junto com o choro de birra.”

3. Preferir a companhia do pai/mãe ou de outra pessoa em determinado momento significa que meu filho não gosta de mim?
Faz parte da natureza humana preferir a companhia de uma ou outra pessoa, e o ser humano aprende a demonstrar isso logo cedo. Os pais devem se preparar, pois os filhos sempre buscam a companhia de um ou outro por razões que nem sempre ficam claras. Se é para jogar bola, o menino geralmente chamará o pai, mesmo que a mãe adore futebol. Para ir ao cinema, pode preferir ir com a mãe ou a avó. Quando nenê, às vezes adora o colo de uma tia, embora nessa fase o mais comum seja desejar ficar com a mãe. “Os pais precisam ter maturidade para aceitar essa frustração, pois frequentemente os filhos vão querer estar longe deles, em especial quando crescerem. É difícil, mas eles sabem que criam os filhos para o mundo e um dia serão preteridos”, afirma Vera Iaconelli.

4. Como devo agir diante de um ataque de fúria do meu filho em locais públicos ou se ele chuta quando não é atendido?
A sugestão da psicopedagoga Silvia Amaral é você tentar impedir abraçando a criança por trás na tentativa de contê-la e mostrar sua contrariedade. Atenção: nunca dizer que você está contra ela, mas que o comportamento dela é errado, que você não aprova a maneira de ela agir. “Se não der resultado e ela não estiver correndo perigo, se batendo, por exemplo, sugiro que os pais se afastem. É melhor do que ficar perto, morrendo de vergonha do que as pessoas estão pensando de você como mãe e acabar cedendo. Ao perceber que os espectadores que importam não estão presentes, ela vai parar. Outra saída é pegá-la no colo e levar para o carro, gritando mesmo. Quando ela se acalmar, converse com ela, mas jamais volte para fazer a vontade dela.”

5. Devo intervir quando o caçula bate no irmão mais velho?
Sim, pois a agressão física não deve ser tolerada. É importante para a criança aprender a expressar a raiva ou o ciúme usando as palavras. Para a psicóloga, é importante que os sentimentos sejam transformados em palavras, e não em tapas. No caso de um bebê menor de 2 anos, os pais devem segurar sua mão e dizer que não pode bater, mostrar que o irmão está triste, que machuca. “Em vez de dizer à criança que ela ‘tem de’ gostar do irmão, o correto é sentar e tentar entender o que está acontecendo e explicar que você também sente ciúme, que é normal, mas que nem por isso sai estapeando os outros”, diz Vera. Aliás, este é um ponto importante: o do exemplo. Se você vive se gabando de ter descido a mão na engraçadinha que deu em cima do seu marido quando vocês ainda eram noivos, por exemplo, acha mesmo que pode dizer aos seus filhos para não usarem a força?

6. Meu filho adora dar tapas na cara e puxar o cabelo das pessoas. O que devo dizer a ele nessas horas?
Os pais costumam achar graça, mas as especialistas são unânimes: não permita que isso aconteça com você nem com ninguém. “Segure a mão do bebê, não ria, mostre com cara feia que você fica triste quando isso acontece, pois é observando a reação alheia que ele aprende a interpretar os sentimentos e a se colocar no lugar do outro. Fale sempre do seu sentimento. Nunca diga que a criança é má ou feia. E não caia na armadilha de revidar com palmada. Se fizer isso, estará reforçando o aprendizado da agressividade física, um mau exemplo”, diz a psicopedagoga Silvia Amaral.

7. Quando é contrariado, meu filho começa a gritar. Como posso mostrar que isso é errado?
Como você costuma reagir ao ser contrariada? Se leva uma fechada no trânsito, reage aos berros? Se você não consegue se controlar, a criança pode estar apenas repetindo o que vê. Pense nisso. Aceitar as frustrações é uma dificuldade grande hoje em dia para pais e filhos. Quantas vezes você não se frustra por não ganhar mais ou não ser reconhecida no trabalho como deveria? Aprender a lidar com os nãos da vida é fundamental para crescer. “Com uma criança maior, você pode fingir que não conhece e deixá-la gritando sozinha. Se for embora mesmo, vai ver que nunca mais ela vai repetir o papelão”, afirma Maria Irene Maluf, pedagoga especialista em educação especial e em psicopedagogia. No caso das pequenas, a saída é tentar acalmá-las. “Abrace a criança por trás, vá pedindo calma e faça sons como ‘shhh’ no ouvido dela. Aos poucos, os pais vão descobrindo o que funciona. O que não podem de jeito nenhum é aceitar o jogo”, fala Silvia.

8. Meu filho de 1 ano e 2 meses, quando irritado, bate a cabeça no chão ou na parede. Como devo agir?
Se a criança estiver correndo o risco de se machucar, é preciso segurá-la e interromper o ataque, abraçando por trás. Vale tentar a técnica de fazer o som de ‘shhh’ no ouvido e pedir calma. Se nada disso resolver e ela continuar a fazer escândalo, é preciso procurar o médico. “A autoagressão não é um comportamento aceitável e pode indicar sérios transtornos mentais, como a bipolaridade. É grave e precisa da avaliação de um psiquiatra. Há casos em que elas precisam dormir de capacete para não se ferir durante o sono”, explica a pedagoga Maria Irene Maluf.

9. Meu bebê de 1 ano e 2 meses vive fazendo pirraça. Devo mostrar a ele o que pode ou não? Ele já entende o conceito de certo e errado?
Ele ainda não distingue o certo e o errado, mas nessa idade já começa a perceber incoerências. “Quantas vezes as crianças nessa fase testam os pais? Ao fazerem algo, elas olham para eles, ouvem o não, fazem de novo até que o pai ou a mãe tome uma atitude para impedir o ato. E elas repetem isso muitas vezes, demonstrando ter certa noção do que é importante”, diz Silvia.

Maiores de 2 anos

10. Minha filha vive dando escândalos em locais públicos, como o shopping. Como devo repreendê-la?
Para Maria Irene Maluf, as crianças com esse tipo de comportamento recorrente são criadas sem limites e se sentem carentes de afeto e atenção. “Por não se sentirem amadas, elas tentam cada vez mais a chamar a atenção dos pais.” Isso não quer dizer que os pais não as amem, apenas que não estão sabendo demonstrar isso.

Outro razão é que muitos pais também não conseguem entender o papel da frustração e temem não ser amados se não fizerem tudo pelos filhos. “Acabam criando pessoas que não se satisfazem com nada”, afirma Maria Irene Maluf.

Numa situação com essa, a pedagoga aconselha tentar acalmá-la, abaixando-se para conversar na mesma altura que ela. Se não resolver, pegue a criança e leve-a para o carro, para casa, espere que ela se acalme e aí converse.

11. Quando não quer um objeto ou uma comida, meu filho reage jogando o prato ou o brinquedo longe. O que eu faço?
Preste atenção na maneira como você e sua família agem. Ataques de raiva não são privilégio das crianças, aliás, elas aprendem com os adultos. “Tive um paciente que costumava atirar o prato pela janela quando não queria comer. Depois de várias sessões em que os pais negavam que esse tipo de comportamento fosse comum em casa, descobri que o avô costumava agir assim quando estava irritado, jogando o que estivesse à mão pela janela do apartamento”, diz Maria Irene. Portanto, atenção: você está sendo vigiado e seus atos e palavras serão copiados por seus filhos. “A educação é para ser servida como exemplo e cobrada diariamente, minuto a minuto. Não adianta dizer uma vez ‘não faça isso’ e achar que é suficiente. É preciso repreender sempre, com uma voz firme e séria”, diz a pedagoga.

12. Na hora de brincar, meu filho prefere bonecas e roupas de menina aos carrinhos e roupas masculinas. Há algum problema nisso?
Segundo Vera, nenhum problema. “Brincar exercita a fantasia e é a forma de descarregar no mundo imaginário o que não podem fazer na vida real. Todos os meninos acabam brincando de boneca, que nada mais é que o exercício de cuidar, mesmo que o façam com o ursinho de pelúcia.”

13. Meu filho gosta de brincar de matar as pessoas. Por muito tempo, evitei comprar armas de brinquedo, mas ele transforma qualquer objeto em revólver. Devo manter a proibição?
Na opinião de Vera, as pessoas confundem o mundo da fantasia e a realidade. “Matar na brincadeira, como no videogame, é apenas uma maneira de lidar com a agressividade, podendo destruir de mentirinha. O que não pode é sair por aí batendo nos outros”, acredita ela.

14. Meu filho é muito tímido, tem vergonha de brincar com outras crianças. Como posso incentivá-lo a interagir com os outros?
Ser introspectivo, mais quieto, com poucos amigos, não é um problema, mas um temperamento, e faz parte da personalidade. “A extroversão também pode ser uma fonte de angústia. Os pais só devem se preocupar se a criança não consegue se relacionar, participar de brincadeiras coletivas ou não gosta de estar com outras pessoas”, explica Vera. Nesse caso, é preciso buscar a ajuda de um profissional.

Mas, se é apenas timidez, é bom incentivá-lo a brincar com outras crianças, chamar os coleguinhas para passar a tarde na sua casa, deixar que ele faça seu pedido no restaurante, pequenos gestos que podem ajudá-lo a se comunicar melhor.

15. Às vezes, faço chantagem para convencer meu filho a tomar banho ou trocar de roupa. Estou agindo corretamente?
Tomar banho, escovar os dentes, sentar-se à mesa para comer e tomar vacina, segundo Vera, são obrigatórios. “Mas, por volta dos 2 anos de idade, por exemplo, a criança começa a reivindicar a posse sobre o próprio corpo, até então cuidado somente pelos outros. Uma sugestão para quando ela não quer tomar banho é fazer o jogo da autonomia, dando ferramentas e negociando: você compra uma esponja bacana, um sabonete especial e deixa que ela se lave sozinha, com sua supervisão. Em troca, uma vez por semana você dá aquele superbanho.”

Na hora de se vestir, também é importante deixar a criança escolher. “Só não dá para deixar sair no calor com calça de veludo ou descalça no inverno.”

16. Quando saio com meu filho, ele sempre me pede para comprar algo (um brinquedo, por exemplo). Se não compro, ele faz um escândalo. Como devo agir?
Segundo Maria Irene, aos 2 anos de idade, a criança acredita que tudo é dela. Aí os pais a levam para um lugar encantador, como uma loja de brinquedos. Coloque-se no lugar do pequeno e imagine-se num lugar com tudo que você mais gosta sem poder levar quase nada. Para evitar a cena, ela recomenda conversar com o pequeno antes de sair de casa e definir se vai haver novas aquisições.

Outra estratégia é: “O brinquedo custa o mesmo que a festa que eu daria no seu aniversário, o que você prefere? Você também pode sugerir que ela escolha vários e deixe para você decidir, fazendo uma surpresa depois”, diz Maria Irene Maluf.

Vera diz que, a partir dos 2 anos de idade, a criança já está ligada no que pode ou não comprar. “Fica difícil para ela aceitar porque para os pais também é muito complicado não poder consumir o quanto gostariam. E o pior é que muitas vezes, feridos no próprio orgulho e sentindo-se culpados por não estarem mais presentes, acabam cedendo e se atolando em dívidas.”

17. Quando saio para jantar fora, meu filho não para quieto na mesa. Fica correndo pelo restaurante e incomoda a todos. Devo repreendê-lo?
Sem dúvida nenhuma. “Quer coisa mais desagradável do que crianças gritando e correndo em volta da mesa de pessoas desconhecidas? E há pais que simplesmente não se mexem, acham que o mundo todo tem de tolerar a bagunça de seus filhos”, diz Silvia Amaral. Claro que não é preciso fazer um drama se eles derramarem a bebida na mesa, mas é preciso que saibam respeitar limites e isso se aprende em casa, todos os dias. “Os pais só devem levar os filhos a restaurantes se eles tiverem noções de conveniência”, acredita Silvia.

É muito importante também observar se o restaurante é indicado para crianças. “Um lugar com pouca luz, onde os casais vão para namorar, definitivamente não foi pensado para receber a molecada. O mais apropriado são restaurantes descontraídos, mas a simplicidade não é desculpa para deixar os pequenos se pendurarem nos lustres e se esconderem debaixo das mesas dos outros.”

Site fonte: http://bebe.abril.com.br/03_05/desenvolvimento/conteudo_242923.php

As idades das crianças e os desenhos


As idades das crianças e os desenhos

O desenho evolui paralelamente ao desenvolvimento da criança. O desenho não se ensina, sai de dentro da criança. Pode-se estimular um bebê de um ano e meio, por exemplo, deixando-o ter contato com algum lápis. Convém utilizar os de cera que tem a ponta arredondada e são mais gordinhos. Nessa idade, muitas crianças já poderão segurar um lápis e fazer seus primeiros rabiscos.

A orientação sim é importante nesta etapa, nem que seja para não deixar a criança pintar as paredes, portas, chão, etc., nem tentar colocar o lápis na boca. Se puder, compre uma mesinha adequada à sua altura para que possa desenhar mais tranquilamente. No princípio, ela fará traços desordenados, irregulares, e sem nenhum tipo de controle. Os rabiscos parecerão sem sentido, mas funcionam como uma grande manifestação de prazer e diversão para a criança.

Aos 18 meses a criança fará rabiscos sem parar, sem sentido e desordenado, mas se divertirá muito ao descobrir o mundo das cores e os traços. Mostrará a todos o que fez, e é importante que seu público lhe responda positivamente. Sua coordenação motora nesta etapa ainda é muito precária. Essa etapa se denomina auto-expressão. Sentirá curiosidade pelas paredes, o chão, as revistas, e tentará rabiscá-los de todas as formas.

Aos 2 anos de idade, o rabisco passará a ser mais controlado e já terá outro sentido para a criança que passará a notar que existe uma relação entre os rabiscos e o movimento que faz sua mão. Irá querer desenhar sem parar e usará mais de um lápis de cor para preencher a folha. Os traços do seu desenho ocuparão partes antes desocupadas do papel. A criança, nessa idade, começará a sentir curiosidade e querer provar outros tipos de lápis e materiais. O vivenciamento predominará sobre a expressão.

Aos 2 anos e meio de idade, a criança já será capaz de controlar um pouco mais os movimentos de sua mão, e de, inclusive, manejar o lápis. Seus traços, agora um pouco mais firmes, já não sairão da folha. A criança gozará de uma melhor coordenação e é aí que aparecerá o desenho simbólico. Cada rabisco ou desenho que consiga fazer, terá um nome e um sentido para ela. Em razão disso, a criança passará a desenhar muito mais, já que passa a ver sua criação como algo real. Um quadrado para ela pode representar uma casa. E um círculo, ainda que mal feito, pode simbolizar uma cabeça ou outra coisa. Nessa idade, a criança descreverá aos demais o que desenhou, e esperará que a entendam.

A partir dos 3 ou 4 anos, o desenho da criança se aproximará mais da realidade. Sentirá especial interesse em desenhar seu papai ou sua mamãe, ou seu amiguinho, irmão, primo, ou outra figura humana. O uso de cada cor terá um significado para ela. Há crianças que já demonstram preferência por algumas cores. Essa é uma etapa pré-esquemática.

Aos 5 anos, começará a desenhar mais detalhes em seus personagens e a utilizar mais cores adequadamente. Desenhará pessoas com roupa, levando algum objeto. Já a partir dos seis anos, seus desenhos terão pormenores importantes como mão com cinco dedos, orelhas, cabelos diferenciados, pessoas sentadas, etc. Também se encontrará preparada para desenhar paisagens, flores no campo, frutas nas árvores, chaminés nas casas, rios, e tudo a que se proponha.

É lógico que essas etapas servem apenas de orientação. Sempre devemos considerar que cada criança é um mundo e que cada um tem sua própria habilidade além do seu devido tempo para desenvolvê-la. E isso deve-se respeitar e não forçar.