
Um grupo de 330 crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 11 anos, foi dividido em três subgrupos, onde iriam colorir três desenhos: o primeiro grupo o de um homem, o segundo de um cão e o terceiro de uma árvore. A experiência foi realizada em duas partes – na primeira foi pedido às crianças que avaliassem as suas 10 cores preferidas, ordenando-as da mais à menos preferida. Na segunda parte, o primeiro grupo recebeu três desenhos de um homem para colorir, o segundo grupo três desenhos de um cão e o terceiro três desenhos de uma árvore. A diferença estava na descrição das três “personagens”: enquanto um dos homens era apontado como “mau”, o outro era “bom” e o terceiro era “normal”, e assim sucessivamente para o cão e para a árvore.
Os resultados revelarem que em todas as idades e em todos os grupos, as crianças utilizavam as suas cores preferidas para as “figuras boas”, as menos preferidas para as “figuras más” e as cores intermédias para as “figuras normais”. Outra conclusão foi o facto de a cor preta ser a mais utilizada em todas as faixas etárias e em todos os tópicos (homem, cão e árvore) para aquela que foi denominada como sendo uma “figura má”. Em contraste, as crianças, na sua maioria, escolheram as cores primárias para as “figuras normais”. Para colorir a “figura boa”, houve um grande recurso às cores primárias e secundárias.
Estas conclusões sugerem que as crianças podem alterar, de forma sistemática, a escolha das cores que utilizam para colorir um mesmo desenho, apenas porque a figura foi caracterizada de forma diferente. Aliás, chegam a recorrer a cores específicas para características específicas, diferenciando assim os seus próprios desenhos. Para além disso, é uma prova clara que também as crianças sabem, desde cedo, utilizar as cores de forma simbólica.
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